Coluna do Mailan
Graça e Paz, amados!
Sim! Amados e amadas de Deus! Um amor tão intenso que somos constrangidos por ele, e tudo que fazemos ou faremos ainda será incapaz de pagar tanta bondade. Será que temos noção da intensidade com que Deus nos ama?
É notório que o amor de Deus ultrapassa qualquer ínfimo entendimento humano, mas ao pensarmos que ele se despojou de tudo que tinha, sua glória, seu poder para simplesmente vir ao mundo tomar forma de servo e morrer...
Jesus era homem e na Terra conheceu intensamente tudo que passamos na vida. Tomou nossa forma para nossa salvação e veio nos ensinar sobre o Pai. Quem nos ensina sobre o Pai, A Palavra.
Como diz Atanásio*, bispo de Alexandria, a incorpórea, incorruptível e imaterial Palavra de Deus veio ao Reino dos Homens, embora não estivesse longe de nós, ao perceber que estávamos a caminho da perdição, que toda a criação estava se corrompendo e a lei estava fracassando antes de ser cumprida, que as coisas das quais o próprio Deus era criador estavam desaparecendo; “vendo além disso, que a extrema malícia dos homens havia chegado a um grau intolerável contra si mesmos, e vendo por último que os homens estavam sob pena de morte, a Palavra apiedou-se da nossa linhagem e sentiu compaixão de nossa enfermidade, dignou-se socorrer-nos na corrupção e, não podendo suportar que a morte nos dominasse,(...) ele assume para si um corpo, um corpo da mesma natureza que o nosso.”¹
Ele poderia se aparecer a nós de diversas maneiras e de forma mais elevada, porém assumiu um corpo da nossa natureza, escolhendo um corpo limpo e sem intervenção do homem para manifestar-se nele e nele morar.
A nossa corrupção é algo tão terrível que não poderia ser aniquilada por qualquer meio, a não ser por meio de morte. Mas como matar o filho de Deus? Por isso, ele assumiu um corpo capaz de morrer, para que ele à Palavra que está acima de tudo pudesse ser na morte a troca suficiente para todos.
Os planos do inimigo foram completamente frustrados quando o que é Perfeito se encarnou em um corpo humano e tomou nossas dores, com os poderes da morte foram destruídos e simplesmente deixaram de existir.
O sofrimento de Cristo pagou nossa dívida de morte e cada bloco de pedra da via dolorosa por onde passou, a cada gota de precioso sangue que doou são provas firmes da existência de um AMOR que nem mesmo a morte pode aniquilar, pois ao terceiro dia ressurgiu de maneira gloriosa.
Se não fosse o AMOR nossa raça estaria perdida por toda eternidade, mas louvado seja Deus que “amou o mundo de tal maneira, que deu seu filho unigênito para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha vida eterna”.
“A linhagem humana teria perecido totalmente se o Senhor e Salvador de todos, o Filho de Deus não tivesse vindo morar entre nós para pôr um à morte”.
Vivamos, pois o AMOR DE DEUS.
Por Cristo,
Mailan Silveira
*Atanásio (c. 296-373) – Autor do credo niceno (325) e paladino da ortodoxia trinitária. Foi bispo de Alexandria. Defensor da fé e autor prolífico, ele é considerado um dos pais da igreja.
¹ BELL, James Stuart. DAWSON, Anthony Palmer: Da biblioteca de C.S. Lewis: uma seleção de escritores que influenciaram sua jornada espiritual; Ed.Mundo Cristão, SP. 2006. Pg 53-56.
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